Setenta e uma pessoas foram apontadas como testemunhas de acusação e de defesa do processo criminal da boate Kiss que tramita na Justiça Estadual em Santa Maria. Entre elas, está o promotor Ricardo Lozza, que conduziu inquérito civil sobre perturbação sonora por parte da casa noturna. Ele foi apontado por Jader Marques, advogado de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da Kiss.
Além de Lozza, a defesa de Kiko chamou a irmã e a mãe dele, Ângela e Marlene Callegaro, respectivamente, além de seis bombeiros e José Cláudio Teixeira Garcia, diretor-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), entre outras pessoas.
Conforme o juiz aposentado Alfeu Bisaque Pereira, as testemunhas de acusação e de defesa são chamadas para falar o que sabem, o que viram ou mesmo o que ouviram sobre os fatos. Contudo, como são testemunhas do processo, não são obrigadas a falar contra ou a favor dos réus.
Cada uma das partes envolvidas - o Ministério Público e os quatro réus - apresentou o número máximo de 16 testemunhas que poderia indicar - oito para crime em questão (homicídio e tentativa de homicídio). A exceção foi o advogado Omar Obregon, defensor de Marcelo de Jesus dos Santos, que apontou 10 testemunhas. Como três pessoas eram repetidas, o total ficou em 71.
Os depoimentos das testemunhas - que se comprometem em juramento de dizer a verdade, sob pena de serem processadas -, dará início a segunda fase do processo. As datas das audiências ainda não foram marcadas.
Justiça Militar ouvirá
testemunhas de defesa
Na Justiça Militar, o caso da Kiss, em que oito bombeiros estão sendo processados por crimes militares, já tem data para entrar na segunda fase. A Auditoria Militar de Santa Maria agendou as datas das audiências em que serão ouvidas 25 testemunhas de defesa dos oito réus. A primeira sessão ocorrerá em 12 de maio, em Porto Alegre. Depois, haverá sessões em Santa Maria, nos dias 19, 20 e 21 de maio, e em Caxias do Sul, no dia 30 de maio.
Na primeira fase, foram ouvidas 19 testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público.